Eram só cervejas e um jogo de snooker, era o cinema, mas foi cancelado por um jantar e algumas garrafas de vinho, o tinto era muito suave, a carne era muito saborosa, as bebidas foram todas pagas, o jantar foi grátis, a companhia mudou de sitio, eu mudei de companhia e sitio, eu voltei a onde estava, salas cheias de fumo, e decidi, vou para casa porque aqui o mundo foge, passei torto junto a pessoas conhecidas, o mundo não era plano, o cigarro enrolado caiu junto com o vómito, ouvi musica no carro esperando tudo passar, enrolei outro cigarro na esperança de o fumar, deitei fora a deliciosa carne que embirrava em ficar na garganta, tentei limpar o nariz da carne, sentei-me no carro, vim para casa muito cuidadoso conduzindo por um rio, vi a minha mãe que falava comigo e eu não lhe respondia, apercebi-me que ainda nem era meia noite, tentei sentar-me e adormecer a ver o canal história mas ele fazia por me fugir, o universo fugia e o mundo abanava, e a única coisa que eu conseguia fazer era deitar tudo fora para o sifão, fui para a cama de pijama já vestido, à medida que o mundo me abanava eu era embalado por canções desgraçadas, meti o telemóvel desligado a carregar, fiquei contente por não enviar mensagens para ninguém neste estado, adormeci enquanto tentava segurar-me na cama e sonhei com a sede.
Acordei de noite.
Mijei fora do penico.
Mas está tudo limpo e o carro no sitio.
Preciso de uma açorda.
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