Tenho um tinto que me aclara a garganta,
pigarreia o pensamento e desobstrui o frio.
Só, por entre uma réstia de queijo curado e seco, um paio seboso e saboroso, traga-se o tinto doce e amargo, pesado e leve, deixando a língua aveludada.
Ouvindo carnavais lá fora, bombos e gritarias, o tinto se recolhe ao silencio dos estores descansados, recolhido ao meu copo, encolhido no fundo e expansivo no estomago.
Pigarreia a garganta, aquece o pensar, e produz o aveludar.
Pigarreia o senhor?
Pigarreie, mas o tinto é tão bom como o meu?
Deixe-se estar senhor, somos de vidas diferentes,
você é rico, eu pobre
Para mim tudo é dos céus,
e para si?
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