Queria escrever coisas bonitas, coisas feias,
coisas sentidas.
Hoje já não sei se me sinto, se sou fruto de uma rotina,
se me alimento e durmo para mim ou para o caminho a seguir.
O caminho segue-se todos os dias, mas...
de onde partimos, de onde veio tudo o que me faz acordar e deitar todos os dias na mesma cama.
Sei que num antigamente eu acordava para viver,
hoje acordo-me para ser um estar na vida.
E passa a rotina, as vontades, o mundo e as tristezas,
faz-se história, nós vamos rindo e falando,
aqui na paisagem do caminho assiste-se a uma história sem dela fazer parte.
Queria fazer e escrever coisas bonitas, mas o mundo de tão feio que é,
encarregou-se de me engolir, hoje devo ser mais um igual a tantos outros.
Pago impostos.
Pouco penso...Logo não terei muito mais a dizer..
Só queria escrever coisas bonitas...novas e bonitas...
Mas o mundo é tão antigo e cinzento...
O sentir e exprimir, é tabu, aborrecido no preto e branco da vida hoje taxada.
Ficam coisas bonitas por dizer,
um dia quando se puder viver.
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