Onde se encontram?
É sábado à tarde e não se avista ninguém.
As ruas estão desertas, sem esplanadas ou sombras de transeuntes.
As lojas fechadas, o teatro vazio.
As lojas fechadas, o teatro vazio.
É sábado à tarde e não se avista uma única presença.
Está um dia bonito, mas o jardim desprovido da companhia de um cúmplice casal de namorados, definha sobre sim mesmo, não cria beleza com sua tristeza. Não há ninguém para saborear os pequenos raios de sol por entre as folhas, não há ninguém para sentir a relva fresca.
Está um dia bonito, mas o jardim desprovido da companhia de um cúmplice casal de namorados, definha sobre sim mesmo, não cria beleza com sua tristeza. Não há ninguém para saborear os pequenos raios de sol por entre as folhas, não há ninguém para sentir a relva fresca.
Não há sol que ilumine, ele inunda o espaço com luz.
A calçada brilha sobre o vazio.
Não há pessoas na cidade.
Não se ouve um único som.
A cada pessoa que falta, faz-se a ausência de cada um.
A cidade onde ninguém sabe o que é, o que quer, e como deve ser.
A cidade onde ninguém existe porque não consegue olhar mais além do que vai passando, o que não acontece.
Na cidade ninguém existe,
ninguém sabe como é, ninguém sabe quem é a sua própria pessoa.
Nem eu, nem tu, nem eles sabemos o que somos.
A cidade sem sonhos,
sem pessoas,
sem nós.
Que um dia aspiremos a algo mais do que ser.
Nesse dia o sonho fará a cidade viver.
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