
Esquecer o que peço para esquecer,
esquecer o que fiz sem querer lembrar.
São esses a que me peço para desligar.
Mas não, vou ficar com tudo, cada cara, cada sentimento a cada momento passado, de todas as pessoas com quem eu já olhei.
São centenas e centenas de álbuns de fotografia com caras e expressões, de sorrisos e lágrimas.
O que quero lembrar é,
São esses a que me peço para desligar.
Mas não, vou ficar com tudo, cada cara, cada sentimento a cada momento passado, de todas as pessoas com quem eu já olhei.
São centenas e centenas de álbuns de fotografia com caras e expressões, de sorrisos e lágrimas.
O que quero lembrar é,
o que não sei já. Que sei por vezes a quem não esquece o que não era suposto.
Conheces? Não.
Eu nunca esqueci, mas não me lembro da sua vida.
Eu nunca esqueci, mas não me lembro da sua vida.
Tantas vezes perguntei ao mundo o porquê de viver se um dia vai desaparecer.
Hoje castiga-me.
Ele estigma-me a lembrança de caras e emoções que já não sei de onde vêm.
Faz parte da vida, relembrar uma cara com um vazio que nos atormenta.
Sei de tudo o que não era suposto. Sinto tudo o que não devia sentir.
Fico-me a esperar que um dia desapareça, e talvez nesse dia consiga olhar alguém nos olhos, se um dia a tiver visto, se tiver esquecido,
quero falar com um estranho e ler um novo olhar. Talvez mais tarde lembrar.
quero falar com um estranho e ler um novo olhar. Talvez mais tarde lembrar.
Porque...a vida....
...a cada momento....
...a
...a cada momento....
...a
todo o momento devia ser guardado, frame a frame, como se todos os momentos ficassem presos em fotografias tiradas pela máquina velha e suja do teu tio, um momento revelado e guardado num álbum pesado para só ser visitado quando vamos arrumar o escritório ou mudar de casa.
A vida, pelo menos a minha, é um emaranhado de fotografias más que ficaram e as boas desapareceram, todos os dias tenho defronte de mim livro grande com cada momento passado para não lembrar, frame atrás de frame em papel fotográfico antigo de caras e sentimentos indesejados ou até de desconhecidos.
A vida, pelo menos a minha, é um emaranhado de fotografias más que ficaram e as boas desapareceram, todos os dias tenho defronte de mim livro grande com cada momento passado para não lembrar, frame atrás de frame em papel fotográfico antigo de caras e sentimentos indesejados ou até de desconhecidos.
Um dia vou comprar uma máquina fotográfica bem velhinha e fotografar cada belo momento que viver, revelar em pelicula passada da validade e espalhar por todos os velhos álbuns os novos frames de uma nova vida.
João Francisco Marques
João Francisco Marques
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