A internet tem destas coisas, permite-me escrever um poema
enquanto olho para a definição de neoliberalismo, vejo um filme de um gato a
cair, vejo mamas do outro lado do mundo, e planeio uma viagem. Mas o poema
deixa de ser poema, usado e desvirtualizado com a nossa subjectividade
globalizada, deixo de escrever um poema, de me fingir e sentir, de ser eu
mesmo, olhando o mundo que se me apresenta, sentido a realidade, em vez de
somente a olhar ao de leve, fingido o que não sou, conhecendo o que pouco me
interessa, mas aprendendo, é horrível, ensina-me e corrompe o eu, o natural e
humano.
Então homem como ficas?
Vens connosco beber um copo ou ficas em casa?
Vens connosco beber um copo ou ficas em casa?