Assim se vê como o nada toma lugar ao tudo,
o desassossego se desmarca,
a imensidão se torna escassa,
a realidade realiza-se através do próprio ser
sem o excesso de ideias, ou pensamentos marcados.
Tudo se encaixa e deixa de ser maior,
para ser simples e verdadeiramente real,
quando a mochila se carrega,
em caminhos longos e incógnitos,
a vida é séria, não mais fútil do próprio querer.
Quando a mochila se carrega,
a vontade toma lugar,
e jamais outros irreais desejos, terão mais força,
que a liberdade de ser só, pé ante pé,
para um destino desconhecido, tão perto de alcançar,
tão longe de tudo,
com tanta liberdade.
Assim se vê que os versos deixam de ter importância,
quando os sonhos se vivem.
Definição de Boogie:
"Uma dança embaraçosa que os seus pais fazem quando estão bêbados"
Definição de Fado:
"Em Trás-os-M. Pândega, pouca-vergonha."
segunda-feira, maio 28, 2012
quarta-feira, maio 16, 2012
Parece que a noite de ontem...
Tenho um problema de maior,
os vinhos bons não se acabam,
são bons e não há nenhum pior,
só me lembro do cheio que as garrafas estavam.
Da vida e de tudo o resto,
fica aborrecido e muito além.
Que a mim mesmo não me dou por certo,
eu sei, mas sera vida diferente a mais alguém?
''
Há seis copos que digo que é o ultimo,
a verdade é que nisto nao vejo nenhum refugio,
mas sabe bem, oh se sabe bem,
que mundo é esse e quem dele quer saber quando há tanto para provar e ninguém se abstem?
O jovem, encontra o velho e em conversa simples de ocasião partilha a sua vontade e lembrança:
Você faz-me lembrar a mim mesmo, quando tinha a sua idade.
O velho sem nada clamar se interroga.
O jovem simplesmente informa:
Era demasiado confiante, com tanto vivido e tanto por saber, era pouco o certo,você tem tempo, já eu, estou confiante que me resta pouco para ser certo.
Você faz-me lembrar a mim mesmo, quando tinha a sua idade.
O velho sem nada clamar se interroga.
O jovem simplesmente informa:
Era demasiado confiante, com tanto vivido e tanto por saber, era pouco o certo,você tem tempo, já eu, estou confiante que me resta pouco para ser certo.
domingo, maio 13, 2012
Simplicidade, simplesmente a simplicidade.
Ao tudo do que nos afecta, excluímos a mera possibilidade de não reparar na genuína
oportunidade que temos para simplificar o simples.Dito de forma simples
É cagar para tudo
simplesmente ser.
....
Enfrentando tudo, e tudo ultrapassando, dando ao nada a importância necessária.
........
Ou então não poder explicar nada do que atormenta, enrolando pedras encosta acima, sempre subindo para deixar cair tudo sobre o breu, e mais uma vez recomeçar.
...
...
Pacificando a mente para ser o próprio, realizar-se com pedaços de acordes que se deixam perder na imensidão da metafísica, desimaginando o senso da vida, transformando o desassossego na realidade plena que existe, transpondo fronteiras, para o nenhum, todo ele pleno.
...
...
Dito de forma simples?
.
quinta-feira, maio 10, 2012
Senhor
E assim foi, não?
O que?
Mais um copo do vinho, que de bom não era pouco, mas demasiado pouco ficou, tanto que acabou
Mas onde quer chegar?
Que o vinho faleceu, e que faço agora eu?
Pode sempre parar de rimar.
Homem estou bebado, quem me dera eu.
Sugiro que não beba mais vinho.
Rapaz, traga-me um novo jarro.
Acabou
Então tudo acabou.
Vai-se deitar?
Não, traga-me mais tabaco, tenho mais coisas para dizer a mim no resto da noite.
sexta-feira, maio 04, 2012
Meia Noite em Évora
Como fugir perante o pensamento da nostalgia que me inunda?
É somente ser eu, o eu presente, o que vive e escreve sobre o que gostava de ver, não o que não existiu, nada de outras eras ou génios e ideais.
Sou o que me faz pleno por estas horas, vivendo, o que me destinei a fazer à minha imagem, sobre todas as afrontas ou as mais pequenas realidades, eu devo viver, porque esta oportunidade não será minha por muito tempo, não, porque não acredito na vida além, serei então aqui, o que posso ser aqui, seja o tempo que é mau, esse que sempre o foi, ou a vida nefasta que sempre intimidou os que dela deviam usufruir.
Sejamos então nós, seres pensantes numa nova idade tão igual como todas as outras, com as mesmas divagações e perguntas que todos criaram apavorados pelo viver.
Ser,
como o mestre nos quis fazer,
esse que vivia do vento
guardava rebanhos e do sol se banhava,
num mundo igualmente mau e feio,
como nós.
Que somos maus e feios,
mas vivemos, como tantos outros,
vivemos.
É somente ser eu, o eu presente, o que vive e escreve sobre o que gostava de ver, não o que não existiu, nada de outras eras ou génios e ideais.
Sou o que me faz pleno por estas horas, vivendo, o que me destinei a fazer à minha imagem, sobre todas as afrontas ou as mais pequenas realidades, eu devo viver, porque esta oportunidade não será minha por muito tempo, não, porque não acredito na vida além, serei então aqui, o que posso ser aqui, seja o tempo que é mau, esse que sempre o foi, ou a vida nefasta que sempre intimidou os que dela deviam usufruir.
Sejamos então nós, seres pensantes numa nova idade tão igual como todas as outras, com as mesmas divagações e perguntas que todos criaram apavorados pelo viver.
Ser,
como o mestre nos quis fazer,
esse que vivia do vento
guardava rebanhos e do sol se banhava,
num mundo igualmente mau e feio,
como nós.
Que somos maus e feios,
mas vivemos, como tantos outros,
vivemos.
Não sejamos agora um empecilho de nós próprios,
como outros os foram, pensando carregar a vida,
em vez de nela fluir.
como outros os foram, pensando carregar a vida,
em vez de nela fluir.
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